9 de jan. de 2008

Plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro!


Eba, começando hoje nesse mundinho virtual!

"Porque todo homem deve plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro...”.

Além de vááários feijões no algodão (quem nunca plantou isso?!) eu já plantei uma árvore quando tinha 6 anos.
Juro! Foi no pátio da minha escola, eu e todos meus amiguinhos plantamos uma árvore lá.
Lembro que essa foi uma das decepções mais fortes que ocorreu na minha vida e uma das minhas melhores lembranças... Bom, é melhor eu explicar a história para vocês entenderem.

Um dia na aula, quando tinha meus elétricos 6 anos, a professora nos avisou que na manhã seguinte plantaríamos uma árvore. Eu amei a noticia! Quase pirei de ansiedade com a expectativa de plantar uma árvore ENORME no meio do nosso pátio e o melhor: eu que ia plantar!
Já comecei a viajar (coisa que faço constantemente até hoje) me imaginando brincando de subir na árvore com meus amiguinhos, colhendo as maças que a árvore ia dar que nem eu via nos desenhos animados e se eu tivesse sorte essa árvore ia ser encantada que nem a árvore do filme Pocahontas! Era alegria demais pra só uma criança!
Chegando na manhã seguinte eu fui uma das primeiras alunas a chegar na escola, mal podia esperar pra plantar a árvore.

- Plantaremos a árvore no recreio, crianças. - a professora nos falou.

NO RECREIO?! Ter que esperar mais duas horas era era uma maldade sem tamanho!
Só que o recreio logo chegou e eu, meus amiguinhos e minha professora fomos em fila até o local que a árvore seria plantada.

- Vocês colocarão a árvore aqui - disse a professora apontando para um buraco.
- Não vai caber ai tia! - eu falei.
- Claro que vai, querida.

Vocês não têm idéia de como o buraco era minúsculo! A professora estava doida se achava que a minha árvore enorme e encantada ia caber naquele buraquinho. Mas achei melhor ficar calada e ver ela quebrar a cara.
Foi quando ela pegou um raminho, levantou bem alto para todos verem e disse sorridente:

- Aqui está a árvore!

Tá gozando com a minha cara! A “árvore” era menor que o meu braço! Até a samambaia que eu tinha em casa era maior que aquilo! Meus olhos encheram de lágrimas, tinham me enganado!

Apesar da decepção ajudei a plantar aquele raminho. Todo dia eu corria pra ver se ela tinha se transformado na árvore enorme e encantada que davam maças, eu já me contentaria em ela ser apenas enorme, mas sempre que ia vê-la ela ainda era um raminho.
Então me cansei de esperar. Fiquei com raiva daquela árvore e decidi nunca mais vê-la!

Os dias foram passando, semanas, meses e anos... E depois de uns 8 anos eu me lembrei desse episodio com a árvore. Não sei porque, mas me deu uma baita vontade de ir até o pátio onde anos atrás eu tinha sofrido minha primeira decepção.

Ainda estudava na mesma escola, só que o pátio que tinha a árvore era no prédio das crianças. No recreio eu dei uma escapada do meu prédio e fui em direção ao pátio que adorava brincar quando pequena. Chegando lá tive uma surpresa: o raminho que plantei tinha virado uma árvore enorme!

Não tinha maças como um dia eu imaginei, nem se mexia como a árvore encantada do filme da Pocahontas... Mas era enorme! E linda. Meus olhos encheram de lágrimas como naquele dia quando a plantei, mas dessa vez foi de alegria.

Vi um monte de criancinhas brincando em volta daquela árvore, subindo com os amiguinhos nela como um dia eu sonhei fazer. Uma sensação gostosa me invadiu: "Fui eu que plantei essa árvore!"
O sinal bateu e eu voltei para a minha sala.

No final do ano tive que mudar de cidade e nunca mais a vi, mas mesmo se passando anos desde que a vi finalmente enorme a sensação gostosa ainda me invade!

Bom... Já plantei uma árvore. Ter filhos, eu pretendo um dia, mas não agora! Sou muito nova, estou no auge dos meus quase 18 anos. E escrever um livro eu quero muito um dia. Mas enquanto não começo, vou treinando aqui nesse blog :)